Entidade convida associados e associadas para divulgação e conscientização sobre o tema
As festas de fim de ano geralmente são marcadas por espetáculos de luzes e tecnologia por meio dos tradicionais fogos de artifícios e rojões. Embora a intenção seja celebrar com um show de cores no céu, o artefato pode oferecer perigo aos animais e às pessoas, especialmente as que possuem alguma necessidade especial com sensibilidade auditiva.
De acordo com o diretor de Administração e coordenador do Núcleo de Inclusão, Acessibilidade e Diversidade da Associação dos Servidores da Justiça do Distrito Federal (ASSEJUS), Alan Coelho, é importante o cidadão ter empatia e não usar rojões e fogos de artifício barulhentos. “É preciso evitar. Os fogos de artifício são nocivos, perigosos, invasivos e trazem sérios riscos. Há crianças e adultos que sofrem do Transtorno do Espectro Autista (TEA) ou de Síndrome de Down e têm crises por conta do barulho excessivo dos foguetes. Além disso, é prejudicial ao meio ambiente e muitos animais domésticos e silvestres ficam assustados e acabam se machucando ou até fugindo. É preciso buscar uma forma alternativa de comemorar a chegada de um novo ano. Afinal, é importante e bonito celebrar, mas com responsabilidade e empatia.”
Levantamento do Conselho Federal de Medicina (CFM) revela que o manuseio inadequado de fogos de artifício levou à internação hospitalar mais de 5 mil pessoas entre 2008 e 2017. Os dados mostram que, desde 2002, o Brasil registrou 218 mortes por acidentes com fogos de artifício, sendo 84 na Região Sudeste; 75 no Nordeste; 33 no Sul; e 26 no Centro-Oeste e no Norte. Além dos cerca de dez óbitos contabilizados todos os anos, a brincadeira pode provocar queimaduras, lesões com lacerações e cortes, amputações de membros, lesões de córnea ou perda da visão e lesões auditivas.
O Núcleo de Inclusão da ASSEJUS solicita aos seus associados que, pela saúde, segurança e bem-estar de todos, não soltem fogos de artifício com ruídos. E se forem soltar os fogos luminosos, que se atentem para regras de segurança e não deixem crianças e adolescentes manusearem tais artefatos. A entidade apoia essa iniciativa e informa abaixo os principais perigos oferecidos pelos fogos artifícios:
Meio Ambiente
A queima de fogos de artifício emite compostos poluentes para a atmosfera, o que também a caracteriza como uma forma de poluição do ar. Isso tem efeitos não só no meio ambiente, mas na saúde humana.
Há ainda o risco de incêndio, colocando em risco pessoas, faunas, floras e contribuindo ainda mais com a poluição atmosférica.
Humanos
De acordo com o Corpo de Bombeiros, mais da metade dos casos de queimadura de mão são em decorrência do uso de fogos de artifício. Também há risco de queimaduras nos olhos, inclusive com perda de visão, amputamento de membros e problemas auditivos gerados pelos estampidos. Eles causam estresse nas crianças, incomodam quem está dormindo e pessoas em hospitais. Podem causar ataque epilético, ataque cardíaco e desnorteamento. Ou seja, uma forma de divertimento altamente perigosa, que faz mal não só a quem assume o risco e solta fogos, mas até a quem está a quilômetros de distância.
Animais
Quem tem um bichinho de estimação sabe o quanto o barulho dos fogos provoca reações de estresse e ansiedade neles. No desespero de fugir do barulho, eles podem ficar desnorteados, agressivos, se machucarem ou fugirem. Podem ainda sofrer ataques cardíacos, convulsões e ter a audição prejudicada. Essas reações podem acontecer em animais silvestres também.
Pela conscientização da população sobre os impactos negativos, a seccional do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/DF) lançou a terceira edição da campanha “Diga não aos rojões e fogos de artifício com barulho”. A medida tem como objetivo informar sobre os impactos negativos causados pelos artefatos.
Saiba mais sobre a campanha: https://oabdf.org.br/noticias/empatia-e-responsabilidade-oab-df-lanca-campanha-contra-soltura-de-rojoes-e-fogos-de-artificio-com-barulho/
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