Vários países como Brasil, Portugal, Rússia, França e outras nações comemoram o Dia do Trabalho ou Dia do Trabalhador em 1º de maio. Historicamente, a escolha da data se deve a uma onda de manifestações e protestos nos parques industriais de Chicago, nos Estados Unidos, que desencadearam uma greve geral, em 1886. Na ocasião, os trabalhadores reivindicavam a limitação de jornada de oito horas de trabalho por dia.
Três dias depois de iniciada a greve, no dia 4 de maio, em uma manifestação de trabalhadores na Praça Haymarket, na cidade de mesmo nome, uma bomba explodiu em meio a manifestantes e policiais ocasionando muitos conflitos entre a polícia norte-americana e os trabalhadores.
Em homenagem aos mortos dessa luta na Revolta de Haymarket, o Dia do Trabalho, como conhecemos hoje, foi formalmente instituído em 1889. Apesar de ter início nos Estados Unidos, o Dia do Trabalho norte-americano é comemorado em outra data: na primeira segunda-feira de setembro.
No Brasil, a data passou a ser celebrada ainda no período da República, em 1890, quando se acentuava o desenvolvimento da indústria brasileira. Nessa época, especialmente em São Paulo e no Rio de Janeiro, já existiam movimentos organizados de trabalhadores na luta para a conquista de direitos. Segundo relatos históricos, a partir de uma das maiores greves gerais já registradas, em 1917, o então presidente Arthur Bernardes decidiu reservar o dia 1º de maio como o Dia do Trabalho no Brasil, porém a data só passou a ser feriado nacional em 1924.
Falar em mundo do trabalho é compreendê-lo para além das relações privadas entre capital e trabalho e dimensioná-lo também na importância dos trabalhadores do setor público para o desenvolvimento econômico e social do país. A oferta, pelo Estado, de prestação jurisdicional, saúde, educação, segurança pública, transporte, comunicação e diversas outras atividades são impensáveis sem a presença da força de trabalho dos servidores públicos.
Essa mesma força de trabalho não tem passado incólume à ofensiva do capital sobre o trabalho, pois não são poucas as iniciativas de governos dos mais variados espectros ideológicos que tentam suprimir direitos e conquistas dos trabalhadores e trabalhadoras do setor público, quase sempre eleitos pela elite financeira e empresarial como “bode expiatório” das crises originadas pela má versação dos recursos públicos e pela instituição de privilégios e garantias a rentistas.
Ciente do seu papel institucional e da conjuntura adversa para o mundo do trabalho, a Associação dos Servidores da Justiça do Distrito Federal (Assejus) reafirma seu compromisso firmado há mais de 41 anos em lutar pela preservação e por novas conquistas ao conjunto dos trabalhadores e trabalhadoras que lhes são associados e associadas.