Em 4 de janeiro, o mundo celebra o Dia Internacional do Braille, uma ocasião para reconhecer a importância e o impacto desse sistema de escrita tátil para pessoas cegas ou com baixa visão. A data homenageia Louis Braille, o inventor do sistema de pontos em relevo que revolucionou a comunicação escrita para pessoas cegas em todo o mundo.
Nascido em 1809, na França, Braille perdeu a visão aos três anos de idade após um acidente. Para superar os obstáculos impostos pela cegueira, Braille desenvolveu um método de leitura e escrita baseado em um sistema de pontos em relevo, com cada caractere representado por uma combinação de seis pontos dispostos em duas colunas. Essa inovação permitiu que pessoas cegas ou com baixa visão pudessem ler, escrever, estudar e interagir de forma mais independente, abrindo portas para a educação e a inclusão social.
De acordo com a servidora do TJDFT e associada da Associação dos Servidores da Justiça do Distrito Federal (ASSEJUS), Aline Wanderer, o braille teve uma grande importância em sua trajetória de vida. “Comecei a aprender entre dez e 11 anos de idade, quando entrei na Escola de Música de Brasília, para poder ter acesso às partituras, a partir da musicografia braille – uma das modalidades do sistema. E a partir dele, aprendi todo o método”.
Segundo ela, o sistema Braille foi fundamental para sua formação. “Usamos o braille em muitos contextos. O sistema para pessoas cegas é essencial. Ele continua sendo extremamente importante para que crianças tenham acesso à estrutura do texto por meio da referência tátil em diversos campos da educação”.
Para o diretor de Administração e coordenador do Núcleo de Inclusão, Acessibilidade e Diversidade da ASSEJUS, Alan Coelho, a data é mais do que uma celebração, “trata-se de um chamamento para construir um mundo mais inclusivo, onde todos tenham a liberdade de ler, aprender e se comunicar, independentemente da sua capacidade visual. Que continuemos a avançar, colaborando ativamente para criar um ambiente onde a diversidade seja não apenas aceita, mas valorizada. Juntos, podemos superar barreiras e criar oportunidades para todos os nossos associados”.
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