Depois da mobilização social em torno do Outubro Rosa e da saúde feminina, diversos países do mundo se dedicam à campanha do Novembro Azul para conscientizar sobre a prevenção ao câncer de próstata. O movimento teve origem na Austrália, em 2003, com a celebração do Dia Mundial de Combate ao Câncer de Próstata (17/11). No Brasil, o Novembro Azul foi criado pelo Instituto Lado a Lado pela Vida, com o intuito de promover uma mudança de paradigmas em relação à ida do homem ao serviço de saúde, além de alertar sobre os cuidados com a saúde masculina de uma maneira geral.
Dados do Ministério da Saúde demonstram que, diariamente, 42 homens morrem em decorrência da doença e, aproximadamente, três milhões vivem com essa enfermidade. É a segunda maior causa de morte por câncer em homens no Brasil. O Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima 65.840 novos casos em 2020.
Ainda segundo o Ministério da Saúde, exames periódicos são essenciais para manter um cronograma de prevenção de doenças. Entre os cuidados básicos, alguns testes e exames precisam ser realizados com frequência, como: verificação da pressão arterial; hemograma completo e testes de urina; teste de glicemia, para prevenção de diabetes; atualização da carteira vacinal; verificação do perímetro abdominal.
Homens a partir dos 45 anos com fatores de risco para o câncer de próstata, ou dos 50 anos sem estes fatores, devem ir ao urologista para conversar sobre o exame de toque retal, que permite ao médico avaliar alterações da glândula. Esse último e o exame de sangue PSA (antígeno prostático específico) são principais meios para detectar a doença precocemente, mas devem ser realizados por recomendação médica.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os homens brasileiros vivem, em média, sete anos a menos que as mulheres. Há fatores sociais e culturais que dificultam a abordagem do tema e a eficácia de campanhas preventivas. O padrão de masculinidade vigente compromete o acesso à saúde da população masculina ao colocar o homem como um indivíduo que não pode demonstrar qualquer tipo de vulnerabilidade, seja ela física ou emocional.
A Assejus reconhece a importância de se mobilizar a população pela luta e pela garantia do direito masculino social à saúde. A entidade incentiva seus associados, colaboradores e parceiros a essa reflexão. Converse com seu urologista e previna-se!