O Núcleo de Inclusão e Acessibilidade da Associação dos Servidores da Justiça do Distrito Federal (Assejus) convida associados e associadas, com deficiência ou provedoras de pessoas com necessidades especiais, que apresentam doenças raras ou mantenedores de dependentes com Transtorno do Espectro Autista ou TDAH, para reunião virtual.
Desde 2020, foi instituído na Assejus o Núcleo de Inclusão e Acessibilidade. O Núcleo tem como objetivo promover o debate e orientar as ações da entidade em prol da defesa desse público, sendo integrado por pessoas com deficiência ou mantenedores de pessoas nessa condição.
Para reafirmar a importância dos trabalhos realizados pela entidade e discutir temas relacionados à melhoria da assistência dirigida a esse público, a Assejus convida associados, associadas, servidores e servidoras do Poder Judiciário (PJU) e do Ministério Público da União (MPU) no Distrito Federal para participarem da reunião do Núcleo de Inclusão da entidade, que será realizada nesta terça-feira (16/5), às 20h.
A reunião virtual será pela plataforma Zoom e, para participar, será necessário realizar a inscrição pelo e-mail: assejus@assejus.org.br; ou pelo WhatsApp: (61) 99868-7308, enviando nome completo, e-mail e telefone celular até às 17h30min, desta terça (16/5), enviando os dados relacionados.
De acordo com o coordenador do Núcleo, o diretor de Administração da Assejus, Alan Coelho, o espaço é oferecido para ouvir, debater e encaminhar ações para os problemas dos associados e associadas que são ou que tenham dependentes com alguma condição especial.
“A Associação convida a todos os servidores, que tenham alguma condição especial, para participarem do nosso encontro, seja sugerindo ou encaminhando propostas. Eles serão ouvidos e terão as demandas encaminhadas aos tribunais e também aos planos de saúde. Todas as ações desenvolvidas pela entidade têm o único objetivo de praticar a inclusão, que muitas vezes, fica estampada apenas na palavra. O discurso precisa estar alinhado com a prática. É nisso que a nossa gestão acredita. É preciso gestos concretos pela inclusão e acessibilidade a fim de melhorar a qualidade de vida e erradicar o preconceito por meio do conhecimento”, diz Alan.
Além do diretor de Administração da Assejus, Alan Coelho, também participarão da reunião o advogado Renato Abreu, do escritório Cézar Britto & Advogados Associados; e o advogado João Marcos Fonseca de Melo, do escritório Fonseca de Melo e Britto.
Na reunião também serão dados os informes das reuniões ocorridas com o presidente do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), desembargador Cruz Macedo, da reunião com o presidente do Conselho Deliberativo do Pró-Saúde, desembargador Roberval Belinati, e a reunião ocorrida com integrantes da Secretaria de Saúde (Sesa) do Tribunal, Dr. Tomaz de Aquino Vasco da Silva e com o chefe do Núcleo Médico, Maurício Menezes de Souza.
NÚCLEO DE INCLUSÃO ATUANTE
A Assejus defende a importância de ações práticas como meios de informação, conscientização e inclusão de pessoas portadoras de necessidades especiais. Por isso, quando foi criado, o Núcleo sugeriu e a entidade instalou placas de atendimento preferencial nos postos de atendimento da Associação e no Clube da Justiça e mantém o propósito permanente de melhorar as condições de acessibilidade em suas sedes.
Também na Assejus, em dezembro de 2022, foi oferecido um curso de capacitação e aperfeiçoamento para os colaboradores da entidade. Na ocasião, os participantes tiveram diálogo proveitoso com a psicóloga Shawana França com a temática: “Conscientização sobre o autismo nos diversos âmbitos do atendimento”. A palestrante é especialista em Neuropsicologia e em Intervenções Precoces no Autismo, além de possuir diversos certificados em cursos e em ações sobre o autismo. Na ocasião a profissional enfatizou a necessidade de discussão e conscientização sobre o TEA em todas as esferas.
No mesmo ano, a Assejus contratou, por meio do CESAM, uma instituição sem fins lucrativos, com sede em Brasília, um menor aprendiz diagnosticado com TEA. Na entidade há onze meses, o jovem Uriel Nunes, trabalha diariamente, das 8h às 12h e desempenha com excelência funções administrativas em diversos setores.
O apoio da Assejus também inclui a assistência jurídica. Foi por intermédio da assessoria jurídica oferecida pelo escritório Fonseca de Melo & Brito que uma associada conquistou, na Justiça, o direito para que seu plano de saúde forneça todos os meios de tratamento para uma criança, sua dependente, diagnosticada com Transtorno do Espectro Autista (TEA).
SOBRE O AUTISMO
Em todo o mundo, de acordo com levantamento da Organização Mundial da Saúde (OMS), existem mais de 70 milhões de pessoas portadoras do Transtorno do Espectro Autista (TEA), sendo duas milhões apenas no Brasil. Os TEAs aparecem na infância e tendem a persistir na adolescência e na idade adulta. Na maioria dos casos, eles se manifestam nos primeiros cinco anos de vida. As pessoas afetadas pelos TEAs frequentemente têm condições comórbidas, como epilepsia, depressão, ansiedade e transtorno de déficit de atenção e hiperatividade. O nível intelectual varia muito de um caso para outro, variando de deterioração profunda a casos com altas habilidades cognitivas.
Embora algumas pessoas com TEAs possam viver de forma independente, existem outras com deficiências severas que precisam de atenção e apoio constante ao longo de suas vidas. As intervenções psicossociais baseadas em evidência, tais como terapia comportamental e programas de treinamento para pais, podem reduzir as dificuldades de comunicação e de comportamento social e ter um impacto positivo no bem-estar e na qualidade de vida de pessoas com TEAs e seus cuidadores. As intervenções voltadas para pessoas com TEAs devem ser acompanhadas de atitudes e medidas amplas que garantam que os ambientes físicos e sociais sejam acessíveis, inclusivos e acolhedores.
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