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Dia Mundial do Orgulho Autista celebra a diversidade

Esclarecer à sociedade sobre a realidade e as características das pessoas diagnosticadas com autismo e celebrar a neurodiversidade. Esse é o principal objetivo do Dia Mundial do Orgulho Autista, comemorado todo dia 18 de junho. A Associação dos Servidores da Justiça do Distrito Federal (Assejus) reconhece a importância da data e reforça o seu compromisso com a luta pelo respeito e a inclusão dessas pessoas.

Luta que Mônica Fisher, de 55 anos, conhece bem. Aposentada do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) desde 2019, a servidora tem uma filha de 27 anos diagnosticada com Transtorno do Espectro Autista grave. “Hoje a Flávia tem idade mental de 5 anos. Ela não teve evolução de comunicação verbal e pouca não-verbal”, disse Mônica, ao contar que o diagnóstico foi feito quando Flávia ainda era bebê, com um ano e meio. “Percebemos uma regressão dela quanto ao vocabulário que ela já tinha aprendido e procuramos a pediatra.”

O caminho até conseguir descobrir o que sua filha tinha foi longo. Na época, o diagnóstico foi dado em São Paulo, por um neurologista que explicou que Flávia poderia ser acompanhada por uma equipe em Brasília mesmo. Ela passou por psicólogos, neurologistas e, por um tempo, até fonoaudióloga. Atualmente, segundo a mãe, o principal acompanhamento é de uma psiquiatra, que ajuda a tratar a ansiedade e a manter a qualidade de vida.

Apesar da rotina corrida, Mônica optou por não deixar o serviço público. Ela trabalhou por 30 anos no Tribunal, a maior parte deles na Coordenadoria de Administração Financeira e Contábil do Pró-Saúde. Já quase perto de se aposentar, ficou sabendo da opção do teletrabalho, mas optou por continuar com o serviço presencial até o último momento.

Hoje, mesmo com a mãe aposentada, Flávia continua tendo assistência médica da equipe do Tribunal, elogiada pela mãe. A jovem contraiu Covid-19 e recebeu atenção diária dos profissionais lotados no TJDFT.

Autismo é pauta constante na Assejus — Em 1º de setembro de 2020, a entidade teve atendida a demanda para que servidores com deficiência usufruam de possibilidades específicas de trabalho e para que aqueles com dependentes nessa condição permaneçam em regime de teletrabalho durante a pandemia da Covid-19. A associação também já reivindicou em reuniões com a equipe do Pró-Saúde a manutenção e a ampliação das clínicas especializadas no tratamento do autismo. Além disso, no site e nas redes sociais da entidade o tema é lembrado com frequência.

Atenção que faz a diferença — Para o servidor do TJDFT Eduardo Simões, de 58 anos, a atenção às pessoas com autismo faz toda a diferença e pode ser determinante para o desenvolvimento delas. Pai de João Daniel, de 15 anos, ele não deixou que o susto do diagnóstico o impedisse de buscar dar as melhores oportunidades para o filho.

A descoberta de que João tinha autismo foi aos 3 anos de idade. Já pouco tempo depois, Simões procurou uma equipe multidisciplinar com terapia ocupacional e fonoaudiologia, além de matriculá-lo no judô e na natação. “É preciso muita paciência, muita dedicação e amor. Se você não trabalhar as potencialidades que muitas vezes ficam encobertas pelo autismo você não dá condições para essa criança evoluir”, pontuou, ao frisar que a atenção dos pais é primordial.

Foi observando com cuidado o caçula que Eduardo Simões descobriu nele o talento para cantar. Durante um passeio de carro, o pai percebeu que o menino, ainda com seis anos de idade, cantava as músicas que ele escolhia para escutar. Foi aí que o servidor público, associado da Assejus, decidiu incluir a musicoterapia nas atividades de João Daniel.

Aos 10 anos, ele começou a cantar e depois passou a integrar uma banda de rock com outros seis colegas. O grupo, inclusive, já abriu o show da banda Capital Inicial.

Hoje, João é cantor da Good Time, outra banda, que integra com outros três amigos. Ele também está aprendendo a tocar bateria e piano.

Transtorno do Espectro Autista — O TEA, como designado pela Organização Mundial de Saúde, atinge uma em cada 160 crianças. Segundo a OMS, o transtorno se refere a uma série de condições caracterizadas por algum grau de comprometimento no comportamento social, na comunicação e na linguagem, e por uma gama estreita de interesses e atividades que são únicas para o indivíduo e realizadas de forma repetitiva. No Brasil, a estimativa é de que mais de dois milhões de pessoas tenham autismo.

Dia Mundial do Orgulho Autista — Celebrado pela primeira vez em 2005, o Dia Mundial do Orgulho Autista é uma iniciativa do grupo Aspies for Freedom, dos Estados Unidos. A ideia central da data é celebrar a neurodiversidade, que se refere às variações naturais no cérebro humano de cada indivíduo em relações a características de sociabilidade e aprendizagem, por exemplo. O objetivo é reconhecer que todas as pessoas têm potencial.

 

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